- Os jovens devem filosofar.
- Se estamos felizes, é como se tivéssemos tudo, mas, se estamos infelizes, fazemos de tudo para sermos felizes.
- A morte não é preferível à vida, mas, se bem e mal residem nas sensações, então a morte, se é ausência de sensação, não é algo tão ruim.
- Aceitar a morte como um sono igual aos sonos que temos cotidianamente permite a fruição plena da vida, porque não dá pra viver plenamente tendo medo da morte o tempo todo.
- A morte chega quando já “não estamos” e, quando estamos, é ela quem não está (normalmente perdemos a consciência antes do corpo parar de funcionar).
- Não é porque temos de aproveitar a vida que o faremos irresponsavelmente.
- O futuro é feito de probabilidade: sempre podemos, com nossas ações, maximizar nossas chances de que algo bom aconteça.
- Prazer e dor são os princípios motrizes da ação humana.
- Devemos perseguir os prazeres que compensam, isto é, aqueles cuja fruição não nos leva a uma dor maior que o prazer.
- Para devastar uma pessoa, permita que ela seja rica por um ano e então, subitamente, tire tudo dela.
- A comida mais sem graça é muito gostosa na boca de alguém mortalmente faminto.
- É necessário abdicar de buscar os maiores prazeres da vida, que são os mais frívolos, porque viver modestamente nos treina para não sucumbir aos cuidados com a riqueza e nos permite tolerar com mais dignidade a pobreza.
- Os prazeres naturais e necessários podem ser buscados sempre; os prazeres naturais, mas não necessários, só devem ser buscados se o benefício compensa o risco de arrependimento; os prazeres artificiais devem ser evitados.
- A prudência é a mais alta das virtudes.
- Não existe destino.
25 de maio de 2015
Anotações sobre a “Carta a Meneceu”.
13 Comentários »
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[…] possível receber um bem doloroso. É também opinião de Epicuro: a dor que resulta em benefício é boa. Além do mais, a beleza (prazer) de suportar um ato […]
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[…] diz Rousseau. É preciso satisfazer as necessidades (nutrição, sono, eliminação) quando elas vêm, não quando elas não estão […]
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[…] prazer e a dor guiam nossas ações. Nos aproximamos do prazer e nos afastamos da […]
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[…] de Deus é o medo da morte. Eu comecei assim também, até que eu perder o medo por causa de Epicuro e Sócrates. Na verdade, acho que o temente a Deus só pode se dedicar a ele da forma como deveria […]
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[…] eu prefiro ler filosofia. Neste ano, li Tranquilidade da Alma, Pensamentos para Mim Mesmo, Carta a Meneceu e a Ética a Nicômaco. Ano passado, li Alcibíades I, Apologia de Sócrates, República, […]
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