Em 31 de março de 2018, quase oito anos após o Fur Affinity fazer a mesma coisa, Sofurry baniu cub porn. Toumal não nos deu detalhes exatos do ocorrido, mas apenas disse que uma nova interpretação da lei permitia que o site pudesse ser processado por desenhos. Muito bem, eu compreendo o medo. Então, pra quem não se lembra, em 24 de novembro de 2010, eu fiquei muito chateado quando o mesmo banimento ocorreu no Fur Affinity. Então, por que eu não fiquei chateado agora?
O que vemos acontecer nos Estados Unidos é o crescimento da censura sobre conteúdo na Internet. Por exemplo, com a aprovação das novas leis contra tráfico sexual, um monte de sites usados por pessoas pra encontrar parceiros saíram do ar, com medo de processo. Então, tipo, esse banimento com bases sexuais, essa verdadeira repressão sexual sistemática, um dia vai estourar, óbvio. Mas o lado positivo disso tudo é que os Estados Unidos ainda não podem censurar completamente o acesso a sites hospedados no exterior. Esta é a chance de outras nações com leis mais sadias oferecer os mesmos serviços que os Estados Unidos tentam proibir. É uma vantagem econômica. Americanos procurarão sites hospedados em outros lugares para atender suas necessidades. No caso do banimento no Sofurry, ainda existe o Pixiv (Japão) e o Hiccears (China, se não me engano). A menos que os Estados Unidos censurem o acesso de americanos a esses sites, o que seria algo inaceitável na suposta “terra dos livres”, um monte de artistas migrará pra esses lugares.
O que estou dizendo é que censurar a Internet é um péssimo movimento, em termos econômicos. Cada site é um negócio. Fechar sites é fechar negócios. Se isso for verdade e um monte de americanos migrar pra esses lugares, talvez você acabe nem tendo que aprender o idioma deles pra interagir (tanto o Pixiv quanto o Hiccears têm interfaces em inglês). Eles estão prontos pra receber artistas desapontados com a crescente censura em suas nações. E sabe? Eles receberão.