Pedra, Papel e Tesoura

26 de junho de 2016

O que aprendi lendo “Monadologia”.

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Monadologia” foi escrito por Leibniz. Abaixo, o que aprendi lendo esse texto.

  1. A “mônada” não tem partes.
  2. Ela é simples, e entra na composição de outras substâncias.
  3. Se não houver algo que não possa ser dividido, não é possível explicar a multiplicidade de coisas compostas.
  4. Deve haver algo que não possa ser dividido.
  5. Sendo simples, as unidades espirituais não foram formadas: ou elas sempre existiram ou “apareceram”.
  6. No caso, elas apareceram milagrosamente e somem também milagrosamente.
  7. A célebre afirmação de que as unidades espirituais “não têm janelas” deve ser entendida no sentido de que nada entra ou sai da mônada, sendo ela simples.
  8. Se é simples, é totalmente compacta em si: não recebe acréscimo e não pode sofrer subtração.
  9. O problema do átomo de Demócrito é que ele não explica as diferenças qualitativas entre os seres e as substâncias, porquanto Demócrito conceituava os átomos como diferentes apenas em formato.
  10. Embora a mônada não possa ser destruída senão milagrosamente, ela está sujeita ao devir.
  11. Mônadas mudam por causa de uma qualidade interna: se não podem receber acréscimo ou subtração, a mônada muda sozinha, sem que haja agente externo.
  12. O mecanicismo, a ideia segundo a qual os fenômenos naturais podem ser explicados por analogia a produtos do artifício humano não explica a percepção.
  13. Existem percepções inconscientes: se só percebemos, por exemplo, sons enquanto conscientes, como o barulho pode nos acordar do sono?
  14. A mônada não corresponde à alma.
  15. Para despertar a prudência (“consecução”, em Leibniz), não são necessárias várias impressões: uma experiência traumática, mesmo que seja uma só, pode produzir o mesmo efeito de várias pequenas experiências ruins.
  16. O que difere o ser humano dos outros animais é a capacidade de fazer ciência, não simplesmente a razão.
  17. Classicamente, “alma” é princípio de movimento, ao passo que “espírito” é somente a parte racional da alma.
  18. Existem dois tipos de verdade: as de razão (a priori, “todo solteiro é um não casado”) e as de fato (a posteriori, “algo aconteceu de tal e tal forma”).
  19. As verdades de razão são necessárias e não podem ser de outro modo, as de fato são contingentes e podem ser de outro modo.
  20. Existem verdades que não precisam de prova.
  21. Deus existe.
  22. Vemos que o mundo material é contingente, isto é, sujeito à geração e à corrupção.
  23. Ele só pode ter sua origem em um ser necessário.
  24. Deus tem perfeito entendimento, então, só pode fazer boas escolhas.
  25. Não há nada de morto no universo.
  26. As coisas espirituais seguem causas formais e finais.
  27. As coisas físicas seguem causas materiais e eficientes.
  28. A penitência do pecado é sua consequência ruim, seja a longo prazo ou a curto prazo.
  29. Não existe ação sem consequência: as boas são recompensadas e as más são punidas.

23 de junho de 2016

O que aprendi lendo “Novo Sistema da Natureza”.

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Novo Sistema da Natureza” foi escrito por Leibniz. Abaixo, o que aprendi lendo o texto dele.

  1. Divulgue seus textos.
  2. Sábios deveriam colaborar mais frequentemente.
  3. A dificuldade sentida pelos sábios em trabalhar juntos se deve aos termos usados de forma diferente dependendo do pensador.
  4. Não publique um texto imediatamente; dê-o a outras pessoas que conhecem o assunto pra ver se elas encontram falhas, daí, após corrigir quaisquer falhas, publique.
  5. Se seu texto for revisado por outros intelectuais, valerá mais a pena lê-lo.
  6. Animais não são máquinas.
  7. Juntar vários pedacinhos não forma algo contínuo.
  8. Matéria agregada não é capaz de formar consciência ou intelecto.
  9. Separar a ciência da metafísica restringe seu avanço.
  10. A vida é um milagre atribuível a Deus.
  11. As coisas espirituais não podem ser explicadas pelas leis da matéria.
  12. Ressurreições ocorrem na natureza.
  13. Assumir que se pode explicar a natureza da mesma forma que se explica os produtos do artifício humano (mecanicismo) é presunção.
  14. O mecanicismo não explica o pensamento nem a consciência.
  15. A concordância entre todas as substâncias em algo que faça sentido só seria possível se a causa delas fosse a mesma, em última instância.

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