Pedra, Papel e Tesoura

21 de fevereiro de 2017

A “Crítica do Juízo”, de Kant.

Filed under: Entretenimento, Jogos, Livros, Música, Passatempos — Tags:, , , — Yure @ 14:19

“Crítica do Juízo” foi escrita por Kant. Abaixo, alguns pensamentos parafraseados encontrados nesse texto.

  1. Uma coisa pode ser um desperdício de bens e recursos e ainda assim ser uma coisa bela.

  2. Outros elementos além da beleza, e que trabalham com ela, influenciam no meu gosto.

  3. O gosto de alguém só se torna objeto de interesse em sociedade.

  4. O conceito de agradável é sempre pessoal.

  5. Embora beleza possa ser inconfundível, o gosto não pode ser censurado como se fosse logicamente errado e como se fosse possível se corrigir.

  6. Se alguém diz que algo é belo, está se pronunciando por todos.

  7. Uma pessoa de bom gosto aprecia a beleza sem necessitar que algo seja adicionado.

  8. É mais fácil ser belo aquilo que é simples, como as cores tomadas isoladamente.

  9. Nada de errado em utilizar atrativos pra realçar a beleza, mas tenha em mente que realçar a beleza não é aumentá-la.

  10. Se deve julgar a beleza por ela mesma, não pelos atrativos adicionados pra chamar atenção pra ela.

  11. Um filósofo e um vulgo podem se apoiar nos mesmos princípios, mas o filósofo conhece o princípio com mais clareza.

  12. A beleza de algo não tem nada a ver com sua função.

  13. É possível uma música sem letra ser bela.

  14. Não existe regra objetiva para determinar o que é belo.

  15. Não há modelo de beleza, mas há objetos belos.

  16. A imagem que exagera características de um modelo é uma caricatura.

  17. Dizer que algo é belo implica a intenção de que outros concordarão que esse algo é belo.

  18. A imaginação não pode ser “livre” e ao mesmo tempo estar em conformidade a uma lei.

  19. Se a imaginação obedece regras, então ela não está comprometida com o belo, e sim com o bom, sendo, portanto, uma fonte de moral, não de arte.

  20. Restringir a imaginação à regras coíbe o juízo com base no gosto.

  21. Se algo não foi feito pela imaginação e não parece representar nada, esse algo dá tédio de olhar.

  22. Uma boa arte é aquela para qual você sempre volta.

  23. O sublime (que causa prazer estético pela potência) é diferente do belo (que causa prazer estético pela harmonia).

  24. Os objetos sublimes (tornado, erupção vulcânica, uma detonação e outros eventos violentos) podem ser mortais.

  25. A beleza pode ser realçada por atrativos.

  26. O sublime é violento.

  27. Há dois tipos de sublime: matemático e dinâmico.

  28. O sublime é absolutamente grande, invocando a ideia de algo sem comparação.

  29. O sublime é um sentimento em nós, não é uma propriedade do objeto sublime (que é sublime no sentido de que ele causa essa sensação).

  30. O sublime nos faz perceber como somos pequenos diante de algo.

  31. Algo é anormalmente grande quando sua grandeza trabalha contra sua natureza.

  32. Não há razão pra crer que o universo é finito.

  33. A sensação de sublime pode advir de objetos que normalmente causam medo.

  34. A estética tem sua função formativa.

  35. Entusiasmo difere de exaltação porque a exaltação é doentia e embaraçosa.

  36. Se isolar por aprimoramento pessoal é diferente de se isolar por ódio ou por timidez.

  37. Algumas pessoas se isolam porque não querem odiar os outros.

  38. Deleite e dor nem sempre são corporais.

  39. Você não deveria dizer que “gosta” de algo só porque todo o mundo gosta.

  40. Não é possível forçar alguém a gostar de alguma coisa.

  41. Dizer que você escreveu um trabalho aclamado pela crítica não garante que eu vá ler e gostar.

  42. Julgar uma sensação implica critérios pessoais intransferíveis.

  43. É ridículo dizer que alguém que tem um gosto diferente do seu tem mau gosto.

  44. Não dá pra fazer uma regra objetiva do gosto.

  45. A arte não dá conceitos, mas mostra exemplos.

  46. Você não pode dizer “é ruim porque eu não gosto”.

  47. Para algo ser universalmente aceito como prazeroso, é preciso que os sentidos de todo o mundo fossem iguais e que todos estivessem em contato com o mesmo objeto ou com um objeto exatamente idêntico.

  48. Preconceito leva ao prejuízo.

  49. Preconceito é um juízo provisório tomado como princípio.

  50. Se o ser humano é um animal social e o gosto é um atributo social, então todos os seres humanos têm gosto.

  51. O gosto só se manifesta externamente se estivermos em sociedade.

  52. Uma inclinação passa a ser admirável na medida em que é publicamente aceita.

  53. As pessoas com sensibilidade à beleza são frequentemente vistas com bons olhos.

  54. Se uma pessoa admira uma flor artificial pensando que é natural e depois descobre que não é natural, pode ser que ela admire a flor de outra forma, como uma bela imitação bem executada.

  55. As cores do arco-íris: sublime vermelho, audaz laranja, franco amarelo, amável verde, modesto azul, constante anil, tenro violeta.

  56. O branco seria a inocência.

  57. Arte é qualquer técnica pra produzir algo que a natureza não produz sozinha.

  58. A arte precisa ser produto da liberdade, sendo a liberdade uma consequência da razão.

  59. Arte não é ciência.

  60. Se você produz algo por dinheiro, está desempenhando um ofício.

  61. Não se faz ciência da arte, mas crítica de arte.

  62. A ciência sem arte é inútil.

  63. A função da arte como arte estética é dar prazer estético.

  64. Algumas músicas só servem mesmo pra eliminar o silêncio das festas.

  65. “Gênio” é uma disposição do ânimo, caracterizada por grande originalidade artística, que não parece ser adquirida (talento natural).

  66. O gênio é o professor, os outros são alunos.

  67. O gênio é uma força da natureza.

  68. Para ser considerado gênio, a pessoa deve ser capaz de originalidade.

  69. Se você não tiver originalidade, aprender a desenhar, escrever ou compor não vai te tornar um bom desenhista, escritor ou músico.

  70. Não é possível ensinar a ter inspiração.

  71. Todas as artes visam um fim.

  72. Um artista genial, mesmo sendo original, não precisa prescindir de todas as regras da arte pra assegurar sua originalidade.

  73. Não é preciso ser artista pra apreciar arte.

  74. A arte pode representar de maneira agradável coisas que são horríveis na natureza.

  75. A arte pode representar coisas abstratas (a guerra, por exemplo) como se fosse físicas (um anjo de vermelho usando uma espada).

  76. Faz parte da habilidade artística exprimir conceitos (ideias) de maneira inusitada.

  77. O artista pode aprender de outros, bem como pode aprender da natureza.

  78. O artista, enquanto trabalha sua arte, utiliza seu gênio e também seu gosto, para que ele possa saber se está ficando agradável ou não.

  79. É possível gostar do que não é belo.

  80. É possível que alguém produza algo que é agradável sem ser original, bem como é possível fazer algo original e desagradável.

  81. Uma bela arte precisa de “espírito”, isto é, precisa ser capaz de incitar emoções.

  82. O gênio funda uma escola de arte, mesmo que não seja uma instituição com prédio e mensalidade.

  83. Mas o aluno precisa ter alguma originalidade.

  84. Quatro habilidades são necessárias às belas artes: imaginação, entendimento, espírito e gosto.

  85. Uma pessoa de visão perfeitamente sadia pode não ver o que o outro vê em um quadro.

  86. Continuando sua referência a Sexto Empírico, Kant diz que a oratória, como arte de convencer, não é adequada aos tribunais e nem às igrejas, porque falar bem não é sinônimo de ter razão.

  87. A oratória, como arte de convencer, nos torna aptos a tirar proveito dos outros.

  88. Mesmo quando visa bons fins, a retórica ainda é um truque sujo.

  89. A retórica pretende tornar um ponto de vista mais aceito cutucando as emoções do ouvinte, para que ele não raciocine como devia sobre o que está sendo dito.

  90. A matemática, na música, tem a função de fazer as partes (melodia, ritmo e pulso) concordarem entre si.

  91. Se você não quer ser influenciado por uma pintura, basta olhar em outra direção ou fechar os olhos, mas fugir da música é mais difícil.

  92. Mais difícil de escapar da música é escapar de um perfume.

  93. Existem prazeres que desagradam e dores que agradam.

  94. Uma boa piada é absurda.

  95. Uma piada pode ser ainda mais engraçada se não for contada como uma piada, mas com seriedade.

  96. Três coisas que tornam a vida tolerável: o sono, a esperança e o riso.

  97. Não dá pra fazer ciência do nosso próprio gosto.

  98. Descrever não é demonstrar.

  99. Há três faculdades do conhecimento: entendimento, razão e juízo, as quais podem chegar à conclusões diferentes.

  100. Não é possível fazer ciência da beleza.

  101. A sociedade perfeita só é possível se os filósofos conseguirem se comunicar com os leigos.

  102. A admiração não diminui com o tempo. Já a estupefação só ocorre enquanto há novidade.

  103. “Sentimentalismo” é a tendência a experimentar emoções ternas com mais frequência ou intensidade, mesmo quando não há realmente um objeto que as incite.

  104. O que diferencia a religião da superstição é que na religião há medo, mas também há admiração pela divindade.

  105. Pra saber se algo é bom, é preciso conceito, saber o que a coisa é, mas para saber se algo é belo, não há necessidade de conceito, basta ver, ouvir, sentir.

  106. Bom não é agradável.

  107. Gostar de todos é gostar de nenhum.

  108. Quem está faminto come qualquer coisa.

  109. Por causa disso, só é possível ter “gosto” (preferência) quando não estamos passando necessidade.

  110. Querer e estar interessado são a mesma coisa.

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