Pedra, Papel e Tesoura

20 de maio de 2015

Como consertei o som do LMDE.

Filed under: Computadores e Internet — Tags:, , , — Yure @ 03:10

SoFurry – The furry creativity home.

Depois de atualizar o LMDE1 para o LMDE2, comecei a experimentar um problema muito irritante: o som das minhas caixas de som havia desaparecido. Procurando soluções online, vi que eu podia redirecionar o som para as caixas de som utilizando o pavucontrol. O pavucontrol (Controle de Volume do Pulseaudio) denuciou que, depois da atualização, o som estava sendo enviado para os fones de ouvido, os quais não existiam, logo não havia som. Redirecionei o som usando o pavucontrol e tudo deu certo…

Até que eu tive que encerrar a sessão e voltar, apenas para ver que o problema estava ali novamente. Procurei soluções por dois dias, mas sem sucesso. Então eu tive que raciocinar. Em algum momento, eu quebrei o som completamente, de forma que nem o pavucontrol resolvia. Então entrei em outra conta e verifiquei se o problema acontecia lá também. Não acontecia. Então, o problema era relativo à minha conta, o que é uma pista e tanto! Isso significa que o problema residia em algum arquivo de configuração no meu diretório pessoal.

Existe um diretório oculto na pasta pessoal chamado .config, onde ficam os arquivos de configuração, inclusive, do Pulseaudio. Por alguma razão, esses arquivos de configuração estavam sendo reescritos a cada início de sessão. Eu já tive um problema parecido. Seguinte:

  1. Vá ao diretório pessoal.
  2. Aperte Ctrl+H, isso mostrará os diretórios e arquivos ocultos.
  3. Entre em .config.
  4. Apague o diretório pulse dentro de .config.
  5. Encerre sua sessão.
  6. Entre novamente.
  7. Chame o Controle de Volume do Pulseaudio.
  8. Direcione o som para as caixas de som. Isso irá criar um arquivo de configuração correto no diretório de configuração, mas ainda precisamos impedir que ele seja reescrito.
  9. Volte para ~.config/pulse.
  10. Altere as permissões de todos os arquivos lá dentro, de forma que apenas o proprietário tenha permissões de escrita sobre eles (isso é feito pelas propriedades do arquivo, acessíveis pelo menu de contexto).
  11. Volte para ~.config.
  12. Mude as permissões do diretório pulse, para que ele também fique somente leitura.
  13. Mude as permissões do pavucontrol.ini, um arquivo também naquele diretório, para somente leitura.
  14. Encerre sua sessão.

18 de maio de 2015

Poxa, que bom que isto aconteceu.

Filed under: Computadores e Internet — Tags:, , , — Yure @ 00:49

apt dist-upgrade

via Upgrade from LMDE 1 to LMDE 2 – Linux Mint Community.

Eu estava aqui me lamentando porque não havia saído a atualização do Linux Mint Debian Edition para a versão dois e, quando fui checar na Internet, vi que a atualização havia sido lançada ontem. E vi isso nas primeiras horas do dia (literalmente na primeira hora). Estou fazendo a atualização neste instante. De repente, meu sono se foi.

Como se não bastasse esse ser talvez o meu penúltimo semestre na faculdade, meu amigo de infância ter se mudado para perto de mim, eu ter levado meu PC para manutenção e tê-lo recebido novo em folha, ainda recebo a maravilhosa notícia de que meu sistema operacional já é elegível para uma tremenda atualização. Que excitante! Vejamos se é bom como nos filmes.

O que se pode esperar é que o Linux Mint Debian Edition agora seja baseado em Debian Stable, mas com as atualizações de componentes-chave ocorrendo constantemente. Isso significa que nós, usuários de Debian Edition, somos como que porquinhos da Índia ou cobaias. Certos aplicativos serão nos dado ainda em fase de testes e isso me deixa alegre; usar a versão mais recente de programas como o Cinnamon, mas sem abdicar da estabilidade de programas do repositório do Debian Stable me equilibra entre o novo e incerto e o velho, mas seguro. Quando Debian Stable for atualizado, eu receberei a atualização imediatamente também e eu gosto de ter a versão estável mais recente. Me anima que essas atualizações possam vir automaticamente sem que eu tenha que escolher (porque minha escolha sempre é sim e eu não podia automatizar essas escolhas).

12 de maio de 2014

Instalando o LMMS 1.0 sob Linux Mint Debian Edition 64-bit Cinnamon Edition.

Oh, raios de nome longo esse. Atualmente, a versão do LMMS disponível no repositório do Linux Mint é a 0.4.10, que é atrasada. Quem já tentou instalar um programa de Ubuntu no Linux Mint provavelmente encontrou problemas de variada gravidade. Eu, por exemplo, tentei instalar o Xdiagnose no meu Linux Mint e acabei com o sistema de um jeito que não achei que fosse possível. Então, você deve procurar programas de Debian caso você queira instalar um programa indisponível no repositório. O LMMS 1.0 está disponível para Debian Sid, o que pode deixar muitos com um pé atrás, mas eu instalei com sucesso aqui e posso garantir que é seguro.

Mas caso você não acredite em mim, talvez queira avaliar se vale a pena ou não substituir sua instalação atual do LMMS pela mais recente. Não mudou muita coisa, mas posso notar duas grandes mudanças, uma ótima e outra péssima, para que você veja se deve atualizar ou não:

  1. A interface está horrorosa. Feia que dói, falando sério. Está confusa, mortiça.
  2. Dois sintetizadores novos foram adicionados, um modulador de frequência (emulador de OPL2, permitindo sons próximos ao do Sega Mega Drive) e um gerador de efeito sonoro (Sfxr).

Se você acha que ter dois novos sintetizadores compensa ter uma interface feia, vá em frente. Se você acha que a interface feia não é compensada pelos sintetizadores novos, não vá em frente. Se você tentar instalar o LMMS 1.0 no seu Linux Mint, você obterá o seguinte erro: a dependência não é contentável (lmms-common >= 1.0). Isso significa que você precisa preencher uma dependência antes e essa dependência é justamente o pacote lmms-common mais recente. Mas, se você tentar instalá-lo, receberá outro erro: quebra a dependência do pacote lmms (lmms-common = 0.4.10). E agora?

  1. Execute no Terminal o comando sudo apt-get remove –purge lmms lmms-common. Isso irá remover do seu sistema o LMMS e o lmms-common atual, tal como os arquivos de configuração.
  2. Baixe o lmms-common.
  3. Instale o lmms-common usando Gdebi. Se houver uma dependência não resolvida, pare imediatamente e reinstale a versão do repositório (0.4.10). Nesse caso, é melhor esperar até a versão mais recente aparecer no repositório oficial, porque atualizar outros pacotes quebrará várias dependências.
  4. Baixe o LMMS.
  5. Instale o LMMS. Novamente, pare se houver alguma dependência não resolvida.

LMMS está pronto. Eu preferi ficar com o LMMS 0.4.10 depois que vi o quanto a interface é nojenta, mas cada um com seu cada qual. Caso você tenha encontrado dependências não resolvidas ou caso você queira se desfazer da versão 1.0, execute os comandos abaixo no Terminal:

  1. sudo apt-get remove –purge lmms lmms-common
  2. sudo apt-get install lmms

Isso desinstalará a versão 1.0 e instalará a versão disponível no repositório oficial.

2 de maio de 2014

Sobre o LMMS.

A versão 1.0 finalmente foi lançada, mas estou com um gosto muito amargo na minha boca. E não foi aquela lasanha desgraçada nem os biscoitos do Além que acabei de comer. O LMMS teve seu nome mudado, agora as siglas não significam nada. E, para comemorar isso, a versão mais recente do programa que foi um dia chamado “Linux Multimedia Studio” não está disponível para nenhum GNU/Linux estável. Eu só o vi disponível para Debian Sid, mas temo pela integridade do meu sistema se eu instalá-la, considerando a fama do Sid (aprendi que as versões do Debian são nomeadas segundo personagens de Toy Story e Sid era o moleque que quebrava todos os brinquedos). Fui ao arquivo de pacotes pessoais do DNS para ver se a versão 1.0 havia sido compilada para Ubuntu, mas parece que não. Nem para Ubuntu, o sistema no qual o programa nasceu.
Mas sabe o que é mais revoltante? A tão sonhada versão 1.0 está disponível para Windows! Como? Eu já venho notando, há algum tempo, que a equipe de desenvolvedores vem priorizando a versão do Windows, sem pagar o devido respeito à base de usuários do GNU/Linux. Na verdade, o programa parece funcionar melhor sob Windows, o que é um avesso. No Debian, a única versão disponível em Jessie é 0.4.10, quando em Ubuntu as coisas pararam em 0.4.14, segundo o que diz no arquivo do senhor DNS. Só temos uma versão 1.0 em Sid porque algum cara bonzinho se deu ao trabalho de compilar o código fonte no sistema dele e submeter os resultados, mas nem sempre um pacote em Sid desce ao Jessie na velocidade esperada.

3 de janeiro de 2014

Linux Mint Debian Edition 64-bit Cinnamon Edition.

Eu percebi uma coisa: eu não conseguiria passar dez minutos ao lado do meu eu adolescente sem me sentir incomodado; eu falava muito mesmo de religião, mesmo em situações onde isso não cabia. Além do mais, muitas coisas que eu costumava pensar não mais fazem parte do meu sistema atual, então resolvi marcar as opiniões que eu descartei com a palavra-chave “adolescência”. Se você ver essa palavra-chave numa entrada aqui, saiba que já não penso mais da forma como a entrada descreve.

Hoje baixei o Linux Mint e resolvi que mudarei de sistema uma vez por ano, para não ficar muito tempo parado. No dia trinta e um de dezembro de cada ano, dou uma olhada no Distrowatch pra saber qual distribuição é mais popular e então a “testo” por um ano. Hoje não resisti à tentação e brinquei um pouco com o Mint na live session. É muito rápido e suave. Eu achei que Ubuntu era rápido, mas Mint vai muito mais além, especialmente porque estou usando a Debian Edition. Isso mesmo, a versão rolling-release. A principal razão pela qual eu optei pela Debian Edition foi o fato de que eu não preciso reinstalar o sistema a cada semestre porque a versão perderá o suporte; rolling-release é suportado até o projeto morrer. Eu não preciso esperar o novo lançamento da distribuição para obter as versões mais recentes dos programas que eu uso; as versões mais novas são constantemente enviadas. Bom, quase, já que o repositório do Linux Mint Debian Edition só é clonado do Debian Testing uma vez por mês, para que os desenvolvedores tenham tempo de testar tudo. Outra razão é que a versão padrão do Mint é baseada em Ubuntu, o que não é exatamente ruim, mas, no meu caso, é melhor eu evitar; os problemas de lentidão que experimento são muito específicos e podem ter sido herdados pela versão mais recente, Petra.

Mas me foi avisado que o Debian Edition não é tão fácil como o Petra. E de fato as primeiras atualizações quebraram o sistema. Mas isso é fácil de resolver. Se você ficou preso fora da sua conta de usuário porque o Cinnamon não quer mais iniciar depois das atualizações, faça o seguinte:

  1. Na tela em que você digita nome de usuário e senha, aperte Ctrl+Alt+F1 (isso te levará ao tty1, que é uma shell não-gráfica).
  2. Entre nome de usuário e, em seguida, senha do administrador.
  3. Digite sudo apt-get update, acerte enter e digite a senha (se necessário), em seguida enter.
  4. Digite sudo apt-get -f install, acerte enter e digite a senha (se necessário), em seguida enter (isso instalará as dependências faltantes).
  5. As atualizações provavelmente abortaram e não instalaram completamente antes do problema ocorrer, então conserte isso com sudo apt-get upgrade (acerte enter e digite a senha se necessário, em seguida enter).
  6. Finalize com sudo apt-get dist-upgrade, acerte enter e digite a senha (se necessário), em seguida enter.
  7. Limpe o sistema com sudo apt-get clean, sudo apt-get autoclean, sudo apt-get autoremove, que funcionam da mesma forma que as palavras mágicas supracitadas.
  8. sudo reboot.

Eu quebrei o sistema hoje quando ignorei o aviso de que o Linux Mint Debian Edition não é compatível com programas de Ubuntu. A instalação do Xdiagnose removeu um pacote chamado sysvinit, o que me trancou fora do sistema. Tive que formatar. Então, não instale programas para Ubuntu no LMDE, embora seja seguro instalar programas de Debian.

%d blogueiros gostam disto: