Pedra, Papel e Tesoura

31 de janeiro de 2023

A galera do período helenístico.

Filed under: Passatempos, Saúde e bem-estar — Tags:, , , , — Yure @ 11:40

Quais pessoas mais inspiraram você?

Por mais que eu queria dizer que foi o Aristóteles, não foi ele que mais me inspirou. Aristóteles me mostrou muita coisa legal e o admiro intelectualmente (com algumas reservas, já que muito do que ele diz não vale nada hoje, particularmente na ciência), mas ele não me inspira na vida cotidiana. Quem mais inspirou meus atos foram Epicuro e Sêneca. Epicuro porque me mostrou que felicidade é um estado negativo, o que não significa que a felicidade seja ruim, mas que ela é uma ausência. No caso, ela é ausência de dor. Isso me deu uma direção clara na vida: devo viver de tal forma que o sofrimento na minha vida seja o mínimo possível. Já Sêneca me ensinou a não me revoltar com o que foge do meu controle. Em vez disso, eu deveria me adaptar ao que é mais poderoso que eu. No futuro, talvez eu tenha poder para mudar minhas circunstâncias, mas, enquanto eu não tenho, eu preciso me adaptar pra continuar vivendo da melhor maneira possível apesar de tudo. Alguém poderia perguntar “e Jesus?”. Bom, Jesus só começou a me inspirar no final da adolescência e início da vida adulta. Antes, eu só tinha a filosofia como inspiração. Então, a fé só veio mais tarde… Mas ele me inspirou também por ter me mostrado que o amor tem mais valor que qualquer outra virtude. Por isso eu tento ser bonzinho com todo o mundo.

25 de maio de 2015

Anotações sobre a “Carta a Meneceu”.

“Carta a Meneceu” foi escrita por Epicuro. Abaixo, algumas afirmações feitas nesse texto. Elas não são citações, mas paráfrases, e não necessariamente refletem minha opinião sobre o assunto.

  1. Os jovens devem filosofar.
  2. Se estamos felizes, é como se tivéssemos tudo, mas, se estamos infelizes, fazemos de tudo para sermos felizes.
  3. A morte não é preferível à vida, mas, se bem e mal residem nas sensações, então a morte, se é ausência de sensação, não é algo tão ruim.
  4. Aceitar a morte como um sono igual aos sonos que temos cotidianamente permite a fruição plena da vida, porque não dá pra viver plenamente tendo medo da morte o tempo todo.
  5. A morte chega quando já “não estamos” e, quando estamos, é ela quem não está (normalmente perdemos a consciência antes do corpo parar de funcionar).
  6. Não é porque temos de aproveitar a vida que o faremos irresponsavelmente.
  7. O futuro é feito de probabilidade: sempre podemos, com nossas ações, maximizar nossas chances de que algo bom aconteça.
  8. Prazer e dor são os princípios motrizes da ação humana.
  9. Devemos perseguir os prazeres que compensam, isto é, aqueles cuja fruição não nos leva a uma dor maior que o prazer.
  10. Para devastar uma pessoa, permita que ela seja rica por um ano e então, subitamente, tire tudo dela.
  11. A comida mais sem graça é muito gostosa na boca de alguém mortalmente faminto.
  12. É necessário abdicar de buscar os maiores prazeres da vida, que são os mais frívolos, porque viver modestamente nos treina para não sucumbir aos cuidados com a riqueza e nos permite tolerar com mais dignidade a pobreza.
  13. Os prazeres naturais e necessários podem ser buscados sempre; os prazeres naturais, mas não necessários, só devem ser buscados se o benefício compensa o risco de arrependimento; os prazeres artificiais devem ser evitados.
  14. A prudência é a mais alta das virtudes.
  15. Não existe destino.

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