Pedra, Papel e Tesoura

31 de outubro de 2021

Antônio Negri.

Você já deve ter ouvido falar na expressão “imperialismo”, mas talvez não entenda bem do que se trata. O filósofo Antônio Negri estudou a fundo esse tema e poderia te dar uma luz sobre ele. Primeiramente, falemos do conceito de imperialismo. Tradicionalmente, denominamos imperialismo a atitude de um império de se expandir às custas do bem-estar de sociedades vizinhas. Mas Antônio Negri afirma que o mundo mudou tanto, que nossos conceitos políticos, vindos das teorias políticas clássicas, não servem mais. O imperialismo hoje não tem território, por exemplo. Olhe os Estados Unidos: ele tem presença em todo lugar, exercendo influências e pressões econômicas e culturais. Não apenas não há necessidade de fronteira, como também não há necessidade de armas pra se ter um império hoje.

Alguém poderia confrontar com a ideia de imperialismo o argumento de que os Estados Unidos têm uma presença em países que permanecem soberanos, não sendo, portanto, uma ameaça. Mas Antônio Negri diria que não é assim, porque também o conceito clássico de soberania não serve mais. Por “soberania”, se entende a autodeterminação de uma nação, capaz de tomar seus rumos sem interferência externa. Se tomarmos esta definição ao pé da letra, nenhum país ocidental é soberano. Por quê?

Imperialismo cultural e soberania.

Primeiramente, porque todos consumimos material intelectual produzido em solo estadunidense: séries, livros, cursos, e nada disso está livre de certa carga ideológica. Se algum filme ou série estadunidense carrega propaganda sinofóbica, todos os países que consomem esse filme serão expostos à mesma propaganda, influenciando a forma como os consumidores, inclusive de fora dos Estados Unidos, veem a China. Isso se chama imperialismo cultural, quando a cultura estrangeira consumida em solo brasileiro interfere em nosso modo de pensar, harmonizando-o ao de uma potência de fora, a interesses que não são nossos. O Brasil continua soberano, mesmo exposto a discursos que inclusive operam contra nossos interesses (a China é nosso mais importante parceiro comercial)? Se sim, então o conceito de soberania precisa ser revisto. Isso, ou teremos que admitir que o Brasil não é soberano, ao menos quanto à cultura.

Quando interesses externos se associam à mídia de um território, temos outro problema, que a cooptação da grande mídia. Isso pode acontecer, por exemplo, pela entrada de agências noticiárias de fora em nosso território, como a CNN. Elas continuam sendo movidas pelos interesses de uma sede, que está fora do Brasil. Isso não quer dizer que a CNN veio ao Brasil só pra mentir, pois há jornalismo de verdade sendo feito ali. Mas, em algumas questões cruciais, é claro que a CNN terá que manter seu compromisso com os interesses de seu país de origem. Obsever que Antônio Negri não toca diretamente no assunto das agências jornalísticas, mas sua teoria do imperialismo pode ser aplicada a elas, por isso as usei como exemplo.

Ora, a maioria das pessoas descobre o que está acontecendo no mundo através das notícias. Elas tomam o jornalismo como um retrato da realidade, quando tais pessoas também não são críticas. Isso facilita o uso da informação como ferramenta de desestabilização política. O Brasil já passou por isso antes, sem que a mídia internacional estivesse envolvida, então sabemos como é. A vinda de um veículo subjugado a interesses externos não reduz tal risco, mas o aumenta.

Imperialismo global.

No conceito tradicional de imperialismo, falamos de fronteiras. O império quer se “expandir”. Mas não se vê isso hoje. É que o império moderno não tem fronteiras fixas. Na prática, a fronteira do império são as pessoas que pensam segundo os interesses do império. Os impérios hoje são ideológicos, com sua expansão ocorrendo não pela transposição de fronteiras territoriais, mas pela disseminação de valores e discursos e também pelo uso de políticas econômicas de livre mercado para levar empresas do império para outros lugares. Observe que livre mercado não é inerentemente ruim, mas pense: que porcentagem dos ganhos de um McDonald’s fica no Brasil e que porcentagem vai pra fora? É dinheiro que não é gasto no Brasil, na nossa nação, mas que vai sustentar os outros lá fora. Se isso acontecer sem controle, o que vai acontecer com os serviços nacionais? Poderão competir? Os brasileiros ficariam mais ricos ou mais pobres, se o número de empresas estrangeiras em solo brasileiro se multiplicar descontroladamente?

Assim, a presença americana no Brasil ocorre sem que seja preciso disparar um míssil. Em tempos de globalização, abertura de mercados, disseminação de discursos e coisas que tais se tornam quase necessários. Mas as nações mais poderosas tiram mais benefício disso e podem usar as vantagens da globalização com maior maestria. Isso faz com que a presença de nações poderosas em nações mais fracas se torne comum. Isso se torna ruim a partir do momento em que tal presença impede o desenvolvimento da nação “invadida” ou a leva a agir contra seus próprios interesses, levando à desestabilização política. Hoje, o império em voga são os Estados Unidos. Por isso se fala de imperialismo americano.

“Amerika”, da banda Rammstein. Observe como elementos da cultura ocidental estão em várias partes do mundo.

O uso de valores políticos como pretexto.

Um império pode se expandir quando todos querem paz. Isso porque tratados pacificadores multilaterais, os quais são consensos com regras, podem ser explorados. Uma das coisas mais frustrantes em tratados pacificadores é que nações poderosas podem usá-los como desculpa para atacar nações mais fracas com sanções econômicas ou mesmo ataques diretos. O mundo quer paz e, por isso, maioria das pessoas vê com maus olhos aqueles que violam tratados pacificadores ou diretrizes internacionais que visam a manutenção da paz entre os povos. Se você conseguir fazer com que a população pense que um desafeto seu é uma “ameaça”, você pode arriscar sanções ou ataques contra esse desafeto. Exemplo: os Estados Unidos gostam de justificar ações contra a China dizendo que a China não é democrática ou que ela fere os direitos humanos de seus cidadãos. Com isso, eles têm um álibi pra atacar a China e posar de bonzinhos. Isso, apesar de os Estados Unidos não serem campeões dos direitos humanos, nem mesmo uma democracia completa (aquele sistema eleitoral é roubado do início ao fim).

Esse tipo de tática é usada por impérios para desestabilizar regimes políticos por aí afora. Existe uma hipótese que diz que os Estados Unidos teriam intervido na última eleição boliviana, através da OEA, pra que Evo Morales não assumisse o poder. Se isso for verdade, não uma teoria da conspiração, eis um exemplo de interferência com base em princípios políticos: “a eleição não foi realmente democrática”. Esse tipo de pretexto pode ser usado contra Cuba, Venezuela, entre outros. O império, pelo controle das narrativas, pode operar uma desestabilização política se for pelos “motivos certos”, dando legitimidade a tais ações. Isso leva a uma situação em que é possível instrumentalizar os meios de policiamento e punição.

E como se livrar de um império?

O que dá sustentação a um império são as pessoas. Como vimos no começo, Antônio Negri afirma que o império global não tem fronteiras físicas, mas ideológicas: ele vai até onde houver gente que concorde com o que o império diz. A partir do momento em que a popularidade do império começa a cair, já podemos considerar que o processo começou. No caso dos Estados Unidos, a popularidade americana já começa a cair. Começou com Trump e se aprofunda com Biden. A credibilidade norte-americana está em crise. Com a ascensão chinesa, a tendência é que a hegemonia americana seja substituída por um período multipolar, ao qual uma possível hegemonia chinesa poderia se seguir, se isso for do interesse da China.

Assim, a melhor forma de se acabar com um império é levando as pessoas a se voltarem contra o império. Se elas verem os verdadeiros motivos por trás das sanções econômicas unilaterais, da inoculação de valores estranhos às nações mais fracas, entre outras práticas, a popularidade do império continuará caindo e o mundo buscará alternativas. Isso já está acontecendo.

Ariano Suassuna, em entrevista.

Recomendações.

Na minha modesta opinião, existe um problema brasileiro maior que qualquer império: o complexo de vira-lata. Trata-se da mentalidade que aflinge alguns brasileiros, e que os faz pensar que nada produzido no Brasil presta, que só presta aquilo que é produzido fora. Isso é reforçado pela mídia, que muito infrequentemente mostra boas produções brasileiras. Não estou falando de futebol, nem de política, mas de ciência e filosofia, que são produzidas por brasileiros também. Esse tipo de mentalidade proporciona tanto a estagnação técnica no Brasil quanto o entreguismo, dando nossas riquezas, recursos e tecnologia a outros, porque, supostamente, não conseguiríamos gerenciar essas coisas bem.

É também importante lembrar que uma coisa é o governo e outra coisa é a sociedade civil. Por mais que você não goste do imperialismo americano, é importate não extender esse sentimento aos cidadãos americanos, que frequentemente são contra intromissões em outros países, especialmente quando tais intromissões são bancadas com o direito coletado dos impostos que a sociedade civil paga. Guerras, por exemplo, custam dinheiro e esse dinheiro vem do contribuinte de lá.

9 de janeiro de 2021

É bom quando é com os outros, né?

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Esses dias, uma multidão enfurecida tentou invadir o Capitólio americano porque a democracia fantástica lá tá doente desde a ascensão do Trump. Quando eu vi as fotos, pensei que fosse a Síria, mas aí eu li as legendas. Os Estados Unidos vive seu primeiro momento como república de bananas, provando do veneno que eles inoculam em Taiwan. Bem feito. Eu realmente acho bem feito o que aconteceu ali. Espero que eles agora pensem melhor antes de desestabilizar sistemas políticos em países estratégicos, embora eu pense que isso não vá acontecer… a menos…

Esse tipo de episódio não vai deixar de ocorrer, agora que uma porção substancial da população americana duvida do seu sistema eleitoral. Qualquer melhora nesse sentido, na medida em que for levada adiante por Biden, será vista com suspeita. Haverá terrorismo interno. Se houver tal terrorismo interno, talvez os Estados Unidos comecem a, finalmente, pensar mais nos seus problemas internos do que nos recursos de outros países. Os Estados Unidos eram uma nação estável e por isso tinham tempo e foco pra interferir em outras nações. Se a temperatura lá continuar aumentando, talvez outros países, especialmente na América Latina, possam respirar um pouco mais sossegados.

Vejamos o que acontece de agora em diante. Mas, depois do que eu vi naquela quarta-feira, eu acredito que os Estados Unidos como conhecemos acabou.

3 de agosto de 2020

Estados Unidos e China: o sujo falando do mal-lavado.

Eu disse que postaria menos, não que eu pararia de postar. Estou preparando umas anotações sobre A Cidade de Deus, de Agostinho, pra colocar aqui. Desta vez, eu arranjei assunto, porém. É sobre a guerra fria entre Estados Unidos e China. Duas acusações americanas me chamam a atenção nos ataques desferidos ao povo chinês. E eles me soam altamente hipócritas. Eu achei que eu poderia falar sobre este assunto, porque ninguém mais tá falando especificamente sobre a hipocrisia americana presente nesses ataques. São eles: a China pretende espionar o mundo através da Huawei e do Tiktok e o coronavírus é um “vírus chinês”. É sobre estes dois ataques que eu quero falar.

Comecemos com o problema da espionagem. Desde o escândalo envolvendo a NSA espionando até a coitada da Dilma, durante o governo Obama, sabemos que é uma prática corriqueira nos Estados Unidos a espionagem a outros países através das linhas de Internet. Quando uma conexão é estabelecida, o tráfego não necessariamente é feito pelo caminho mais curto, mas pelo caminho mais barato. Isso faz com que boa parte do tráfego de dados passe pelos Estados Unidos. Não apenas a Dilma, mas também chefes de estado de outras nações foram vítimas da espionagem americana.

Dizer que a China é uma monstruosidade por querer espionar os outros (se é que esse é o objetivo da Huawei, por exemplo, ou da Bytedance) me soa como se os Estados Unidos quisessem ter o monopólio da espionagem global. Eu, particularmente, acho que é pior ser espionado por uma pessoa só do que por aquela pessoa e seu oponente, pois ao menos assim haverá alguma resistência. Os Estados Unidos não são uma nação santa. A China provavelmente também não. Então, supondo que a China realmente venha a espionar a gente através do 5G chinês (algo que ainda não se pode provar, embora haja provas das espionagem americana), e daí? Se não for a China, serão os Estados Unidos a nos espionar. Se isso é inevitável, por que não escolher um serviço de 5G com base em algum outro critério? Compensa usar o 5G chinês porque é mais barato. Eu não vou pagar caro pra ser espionado. Se eu vou ser espionado de qualquer jeito, que isso ao menos não me doa no bolso.

Sobre o coronavírus ser um vírus chinês, isso é altamente baixo. Foi um acidente. Cientistas afirmam que o novo coronavírus não é resultado de engenharia genética e não é uma arma biológica. Podemos falar de um descuido que aconteceu, mas não foi intencional. Mas sabe o que é intencional? A compra de todas as vacinas da Pfizer, pelos Estados Unidos, se elas saírem neste ano. Se esse fabricante produzir vacinas, elas serão todas dos Estados Unidos. O resto do mundo terá que esperar o lote seguinte ou adquirir de outro fornecedor, mesmo que esse fornecedor produza vacinas apenas mais tarde. Se o coronavírus fosse mesmo um vírus chinês pra avançar algum tipo de trama comunista, o Trump mostou estar disposto a terminar o trabalho com seu America first, privando outras nações da vacina da Pfizer caso ela saia a tempo.

Então, quando vocês virem os Estados Unidos culpando a China por tudo que há de errado no mundo, por favor, lembrem do quanto os Estados Unidos ferraram e continuam ferrando o nosso mundo, inclusive você em particular, você sabendo disso ou não. Se não existe nação santa, não é com critérios morais que temos que julgar nossos parceiros comerciais ou de tecnologia. É com pragmatismo. Relações exteriores são um negócio. Ninguém deveria negociar com ideologia.

27 de junho de 2014

Ann Coulter: Real Americans hate soccer – Yahoo News

Filed under: Notícias e política — Tags:, , , — Yure @ 00:57

Ann Coulter: Real Americans hate soccer – Yahoo News.

Eu, particularmente, não gosto de futebol, fato. Mas isso é ridículo pacas. Senhora Ann Coulter escreveu uma coluna mostrando todos os “defeitos” do futebol (claro que são defeitos do ponto de vista dela, como a duração dos jogos, que ela diz que é grade demais, sendo que uma partida de futebol dura pouco em comparação com a de outros esportes) e dizendo que americanos, isto é, estadunidenses, não são realmente americanos se gostam de futebol. Irônico, porque soccer é quase gíria, o termo certo é football, sendo que ela idolatra o futebol americano, que é chamado lá de football. Tem inclusive uma piada que diz que football se chama assim porque a bola bate no pé, então futebol americano ficaria melhor sendo chamado de handegg, já que aquela bola mais parece um ovo mesmo.

Mas, voltando ao assunto. Ela diz que um dos problemas do futebol é o espírito de equipe, que, segundo ela, dispersa a culpa para todo o time, um põe a culpa no outro e ninguém marca gols. Mas mesmo o futebol americano tem espírito de equipe. Segundo ela, o espírito de equipe elimina dos jogos os heróis, que são aqueles jogadores que se destacam mais. Só que existem heróis no futebol, só que eles são chamados artilheiros.

É notável como a mentalidade extremamente conservadora e esteriotipada dela é também totalmente deturpada: ela não parece saber a diferença entre uma partida de qualquer esporte e um campo de guerra. Ela diz que é requisitado que um esporte tenha injúrias e dano sobre a autoestima dos jogadores, que em esportes “de verdade”, como o futebol americano, ambulâncias são acionadas a todo momento e que basicamente jogos são considerados esportes na medida em que se aderem ao modelo de sublimação do instinto de guerra. Eu não acho que ela saiba o que o termo “sublimação” signifique e acho que ela também nunca entrou no Castelão numa partida entre Ceará e Fortaleza.

Esses conservadores norte-americanos amam separar as coisas, como quem separa roupas, então não podia faltar uma menção aos negros. Ela diz que futebol é menos popular entre eles e que as pessoas que tentam popularizar o futebol nos Estados Unidos são as mesmas pessoas que tentam popularizar a Beyoncé e a Hillary Clinton. Parece que eu li um roteiro do American Dad.

E ainda tem gente lá encima que diz que futebol é ruim porque é “gay”. Bom, eu também não tenho nada contra gays, mas ataquemos o esteriótipo. Eu não sei qual adere melhor ao esteriótipo gay, se são noventa minutos de homens sarados correndo atrás de uma bola ou um pouco mais de tempo de homens bombados se empilhando, um sobre o outro, vez após vez, porque o cara do fundo está agarrado com uma bola que mais parece um ovo. Pensando bem, eu sei, sim, futebol americano está bem mais próximo de Cho Aniki do que o futebol está.

Mas isso faz parte da vida, pessoas estúpidas e de mente fechada sempre existiram, sempre existirão, paciência. Claro que ninguém está em condições de clarear a mente dela, porque ela uma fanática da direita. Não que a direita não tenha seus pontos positivos, mas nenhum fanatismo é saudável. Porque ele te força a agir feito um palhaço.

16 de novembro de 2011

Santa censura.

American Censorship Day November 16 – Join the fight to stop SOPA.

O melhor trabalho do mundo é ser censor. Você vê aquilo que não pode ser visto por outros, você sabe o que há sob os panos, sabe o que realmente está acontecendo e nunca é afetado pelos truques da mídia. Mas nós, pessoas comuns, somos constantemente enganados pela censura, somos corretamente estimulados, somos filtrados, somos treinados a viver sob a ótica colorida da mídia, entorpecidos com informação manipulada.

Em dezesseis de novembro, o Governo Americano mostrou ao mundo o projeto de lei que pretende censurar a Internet. A Internet vai acabar? Não. Mas você não mais terá liberdade de expressão. Sítios que costumamos visitar podem ficar bloqueados dependendo do tipo de ligação que hospedam. Usuários comuns podem ser presos, tráfego pode ficar parado, conteúdo permitido pela lei pode ser apagado junto com o conteúdo por ela reprovado exatamente porque essa lei pode ser facilmente e subtilmente aplicadas à outras coisas além do seu propósito original: combate à pirataria. Quem sabe, se essa lei fosse aprovada, eu não fosse em cana porque alguma autoridade interpretou este texto como defesa a pirataria? Seria minha palavra contra a deles. Nós temos que fazer algo.

“Nós?”, você deve estar pensando, “Como assim, ‘nós’? Nem estou nos Estados Unidos…” Meu caro, o mundo é os Estados Unidos. Se uma lei dessas é aprovada lá, pode ser aprovada em qualquer lugar. Além do mais, censura pode afetar vários de nós, incluindo estudantes universitários, e meios de comunicação adjacentes.

Já temos censura demais na televisão, onde apenas os poderosos têm vez. Não podemos permitir que o espaço onde a voz do indivíduo comum pode ser ouvida seja destruído.

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